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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Técnica simples para detectar vasos sanguíneos em 3D

Técnica simples para detectar vasos sanguíneos em 3D

EPM/UNIFESP


Nanquim e Gelatina

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de Surrey, na Inglaterra, desenvolveram uma técnica onde é possível registrar imagens em 3D dos vasos sanguíneos no cérebro. 
Os vasos sanguíneos são responsáveis por abastecer o corpo com sangue, e são eles que apresentam degeneração e alteração com doenças como a de Alzheimer e cancer cerebral, segundo Robson Gutierre, um dos pesquisadores. Daí a importancia de conseguir detectar e mapear com clareza o sistema vascular.
O teste para detectar se remédios contra o cancer fazem efeito, funciona assim: separa-se dois grupos de ratos, um grupo com tumor e outro saudável. O grupo com tumor recebe a medicação e depois de um determinado tempo, é retirado o cérebro de todos os ratos para verificar se teve alteração. Injeta-se o composto de nanquim e gelatina no cérebro, depois mergulha-se em uma solução química. Após a reação é verificado com ajuda de um microscópio de focal a laser  a visualizar minúcias das ramificações de vasos no encéfalo, se teve alterações positivas de reconstrução ou não.
O método permite determinar o número, o comprimento e a área de superfície dos vasos, parâmetros que, quando alterados, podem indicar doenças circulatórias. “A técnica é simples de ser empregada e os materiais usados são muito acessíveis”, comenta o parasitologista Renato Mortara, professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, um dos autores do estudo. 

Facilidade de Pesquisas Científica

Antigamente a contagem dos vasos sanguíneos era feita manualmente, hoje o software faz a contagem com margem de erro mínima. 
Sendo assim essa nova técnica irá facilitar as pesquisas sobre doença de Alzheimer, podendo ser utilizado produtos simples, comparado com proteínas fluorescentes e corantes específicos. A mistura pode demorar 24h para ser preparada. O próximo passo do projeto é testar o uso do procedimento em análises post-mortem e em biópsias de tecidos humanos. A técnica foi desenvolvida pelo pesquisador Robson Gutierre, que faz estágio de pós-doutorado na Unifesp.
O médico veterinário Augusto Coppi, da Escola de Medicina Veterinária da Universidade de Surrey, Diego Vannucci Campos, doutor em neurociências, e os professores Ricardo Arida e Renato Mortara da Universidade Unifesp, também participaram da pesquisa.



Referências: